Sunday, 28 August 2016

Um artigo sobre focas, agentes, banhistas, fantasmas, nadadores, lencóis, miúdos, sobretudos, um casal e_____ e sim, um concerto







Imaginemos uma miúda de 12 anos, com um peito que de repente, de um momento para o outro fica descomunal.

Ela é nossa filha.

Pode também ser nossa neta, irmã ou sobrinha, ou mesmo uma mãe - sim, também o pode ser, pois se formos suficientemente adultos aceita-se que possam ter nossos pais os seus limites e/ou imperfeições, tal como nós, e os ver como ''pares'',
(embora nos continuem a eternamente merecer o mesmo afecto, admiração e respeito como tal que são, e como merecem, que na maioria dos casos, casos felizes, que se tem como habito assim ser, daí chocar quando não o é)  - que é por isso mesmo que se consegue assim os visualizar.





- vejamos então esse ser, com 12, com o amor que um filho tem por uma mãe, que se tem por uma filha, ou outro ser que se ame.


 Mesmo um grande amor não teve sempre a idade que se conhece quando se encontram pela primeira vez. Uma pessoa só de imaginar um cabelito fora do sitio porque se irritou ou magoou, ou alguém lhe quisesse, lhe tentasse, fazer algum mal, fica-se num estado que........

Sambemos o que é em miúdos, até, defender os que nos são queridos, quer família, quer amigos que se adotam como família.

Não são só os lobos que defendem a sua alcateia..

- vejamos esse pequeno ser, amado, com um corpo que num ápice fica com um grande par de mamas (e vou me abstrair da última parte que acabo de escrever, se não isto vira para o meu lado de humor tonto, pois não o consigo imaginar com mamas, a minha imaginação não dá para tanto..., quanto muito com as de outra pessoa, enfim, :) adiante..   - se não isto vira banda desenhada.. e..)





Ora vejamos então esse ser, filha (filha, para simplificar as coisas)

- com o corpo transformado de um momento para o outro, mesmo tendo esse ser uma cabeça especial, seja o que (ou como) for, não tem tempo de se ajustar a essa transformação.
Tem 12 anos e começa-se a tapar porque se sente desconfortável, com olhares indiscretos alheios que não entende mas, lhe serão desconfortáveis para a sua cabeça infantil que só conhece o olhar límpido e puro de seus pais, irmãos, e pares até então.
O mundo à sua volta, fora do seio familiar e dos amigos que possa ter, comporta-se com outro olhar.. Ela começa a tapar-se, a ocultar o que sente causador daquela coisa que não entende, aqueles olhares indiscretos que falam noutro idioma; não tapa a cara apesar de lhe causar por vezes, ainda, ficar um pouco envergonhada se lhe pedirem para pestanejar, começa, a tapar as mamas.

Quem, pergunto eu, entre nós, tem coragem de, com arma apontada, mandar despir?




imagen: Keren Su - LINK



















- a Burqa / Sobretudo    pode ter muitas formas.

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A miúda pode mais tarde vir a ter uma relação sã com o corpo, e desfrutar plenamente dos prazeres do corpo sem acanhamento, mas, se a tivessem forçado a despir, isso aconteceria tão facilmente?










Nos homens, posso não gostar de os ver de tanga nas praias, achando que nu, ou de calção mais bonito, mas isso é fazer do homem - objecto.
Objecto da minha vontade.

Se ele entende usar uma tanga, é com ele.

Não me passaria pela cabeça mandá-lo despir...
(... :)  , poderia pedir, embora por habito não precise tal coisa fazer. Se ele assim entende, despe-se, ou deixa-me despi-lo, conforme a ocasião..)





imagen: retirada daqui LINK











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E, agora, continuando na sucessão de ideias, recordo-me de um concerto há anos atrás, no grande auditório da Gulbenkian, do GMCL com o seu fundador e mentor - Jorge Peixinho e restantes que partilhavam o palco com ele. Foi um concerto onírico, belo.


Estávamos a vê-los a actuar. Ás tantas, no meio do som e execução viam-se algumas bolas de ping-pong a saltar pelo palco onde estava um piano de caúda (aberto), uma harpa, uma guitarra, violino, flauta, percussões, violoncelo, e quais quer outros do grupo (que a memória é imprecisa no que respeita exactamente a quais outros) num ambiente indescritível,
a cortina (e tudo que atrás deles estava) abre-se - e de repente, desvendado ante nossos olhos um casalinho de namorados, ali deitados no jardim junto às traseiras da grande sala cuja barreira final era de vidro (fiquei a saber :) ), e não a que habitualmente se vê, que é antes dessa..
Foi um momento difícil de descrever, que num ápice tornou-se no que poderia ter saído de algum quadro do Monet que se misturava com Lautrec ou Klimt.. (quiçá, com algo do H. Bosche ao mesmo tempo...), ainda mais onírico ficando, sem querer
(quiçá, por querer, o mentor antevendo ao ter pedido que se descortinasse naquele momento da obra, assim tudo até à barreira final da sala, que algo assim poderia acontecer, colocando a arbitrariedade do que não se controla na equação, pois assim funciona quem é genial, conhecendo bem o local, pensando que poderia ou não haver algo de acréscimo e não ser apenas uma visão simples (se é que seria alguma vez tal visão, ''simples'') dos belos jardins, que já seria em si no sentido da esperança (certeira, diga-se de passagem) de intensificar o momento, complementando e/ou completando a obra que se apresentava, pois com ele, e seus colegas, tudo seria de esperar)..
- Mas recordo-me, pelo caricato que de seguida  ocorreu e vou escrever,  e que creio que nem ele e seus colegas poderiam antever.




- A obra apresentando-se,
no momento ''x'' abrem-se as cortinas e retiram-se todas as barreiras para desvendar o jardim que está por de trás e vê-se o casalinho,
em namoros
- Sorrisos, e alguns risos a brotarem do público  (doces, meio de gozo meio de ternura, e tudo o mais.. mas ainda absortos e envolvidos na obra que se apresentava) ,  momentos depois chegando à cena um agente de entre a natureza que se via, que se debruçou junto deles, e lhes terá sussurrado algo.
- Levanta-se o casalinho, que dantes de cabeças juntas e nos braços um do outro contemplando o laguinho e restante natureza, se beijava, murmurando coisas entre eles   (tudo isto na duração de um ou dois minutos perante quem visse, inadvertidamente)  e, algo timidamente saem de cena por um lado, o agente por outro.., e segue o resto da peça.. 

   O público num misto de espanto, encantamento, cru por se sentir na veste de voyeur e ao mesmo tempo enternecido ao ponto do riso, e de seguida com o desenrolar da coisa.. ...    outros sentimentos, muitos, por solidários para com o casal, outros ainda estupefactos.., pois é difícil provar a indignação enquanto se sente tudo o resto embora isso também se revele, tudo isto enquanto a obra, de som e envolvência onírica, acabava...
                     
(isto para não falar da mestria na execução, que tal forma sólida, que não se dá conta à priori e se toma por gratuito, por tão nítido e agudo o conteúdo se apresentar, como é próprio de grandes mestres na arte) 





Que momento.





   (...que momento gigantesco)






 Nem sei, não se sabia, se o agente apenas mandou levantar e sair, se pediu - como quem avisa: ''olhe, acaba de se descortinar o grande auditório, que está cheio até a pinha, e tudo a olhar para vocês aqui, que não se apercebem da coisa, e eles também não sabiam.., pois foi furtuita a situação e... é só para avisar''. O mais provável seria a primeira hipótese, e seria bom que fosse a segunda..
Na verdade não sei. Não se ouvia o homem, e ele não aparentava nada de violento no trato, nem trazia arma que se visse. 











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Tantos falam das crianças, de espaços públicos e do que elas possam ver, como se o que `vêem, em si, é o Mal.

Que saiba, o Mal vem e se vê ou é exposto na intensão, e na acção.

Há quem se preocupe muito com as coisas / espaços ditos ''públicos', achando ''ai, é muito mau, estão ali crianças, não têm que ver aquilo'', no entanto pelos vistos não se horrorizam essas mesmas pessoas com a ideia de uma criança ver homens armados (para mais polícias..) mandar despir uma mulher, em público.



imagen: GFA
com base em figuras de desenho animado conhecidas






Que saiba,
uma criança que vê algo que lhe é diferente, pode ignorar a coisa porque estará mais interessada noutro assunto, ou fica a olhar - curiosa, para identificar e tentar entender o que está a ver, com os seus olhos de criança, os seus adultos encarregues, quanto muito, de explicar o que é, o que vê, que eventualmente lhe causa duvida ou estranheza.

As crianças educam-se.
Os adultos explicam, dentro de suas capacidades, com os conhecimentos e a justeza que possam ter.







Alguém teria coragem de mandar à Malala se despir, se ela for para a praia e se esquecer ou não lhe apetecer se vestir à ocidental?
Deixo aqui uma ligação, para um artigo que pode explicar a razão que faço esta pergunta, caso aquém tenha interesse em ler, com uma entrevista feita antes dela receber o Nobel da Paz, (embora seja do mesmo ano), tendo ela na altura (2013) desaseis anosLINK  

Se o fizer, por qualquer motivo que me ultrapassa, fá-lo-ão num espaço público, com crianças a ver?
Isso é educar?




Há burqas utilizadas por terroristas que como ocidental, sei identificar à distancia, quando se trajem com as vestes que lhes identifica. O problema é que é quando despidos dessas burqas, é que a coisa fica mais perigosa. Os KKK, neste caso, só usam as vestes, em paradas, por exemplo. Quando praticam o Mal, é sem essas farpelas que o fazem. 
Em criança aprendi o que eram e a indumentária que lhes identificava. Como não circulavam, onde estava, em espaços públicos ou onde quer que fosse, a única vez que me recordo ser útil saber muito bem identificar a indumentária especifica desses ◄ (sim, que um lençol, em si, que se pode pôr pela cabeça abaixo, para se passear por casa a fazer de fantasminha para assustar família e amigos, é uma burqa semelhante, mas diferente - não só pela ausência de dois buraquinhos)
►foi quando houve uma grande azáfama em torno de uma lavandaria de uma cidade perto de onde morava, que nunca dessa praga sofrerá antes, onde se descobriu lençóis com furinhos daqueles..
A coisa acabou logo ali, não fosse a infecção se espalhar....Não se foi atrás dos donos de todos os lençóis, só daqueles.



Se um miúdo meu fizesse dois buracos num lençol, para se passear pela casa fazendo rugidos de ''OOOOooOOOooO'', não perderia a cabeça, apenas, se confusa estivesse quanto à sua intensão, lhe explicaria o que é o símbolo especifico de um lençol com dois furinhos, caso me irritasse e não outra coisa.  Explicar-lhe-ia que o poderia confundir e julgar mal, não fosse ele achar que ralharia por se ter dado cabo de um lençol e não o poder voltar a usar como roupa de cama.
Contudo, a ideia de uma criança, ou mesmo um crescido, colocar um lençol pela cabeça abaixo para se passear pela casa dizendo ''OOOOoooOOOooo'', não sei se é irritação que me causaria.... 



(E a ideia, a troco de um mal entendido desses ser a oportunidade de o expor a certo assunto, causa-me alguma urticária, confesso) 












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~Se me perguntarem, a resposta é - Não, não gosto de burqas e afins.
Não aprecio a razão de existirem, embora respeite quem assim se sente mais confortável com o corpo,
no caso das que dizem
assim poder sentir
que assim são mais facilmente avaliadas pelo trabalho e a obra que fazem.
Não respeito quem,
homem ou mulher, o imponha a outra pessoa que não eles próprios.
Há quem, possa confundir um Hijab, Niqab, Burqa, Al-Amira e o recém criado ''Burquini'', e eu entendo isso, pois mesmo não sendo muçulmana vejo que têm todos um denominador comum, um certo apagamento do corpo, das suas formas.


E, apesar de entender aquela miúda no inicio desta publicação que se tapava nos primeiros anos de adolescência, e a defender, sinto alívio quando essa menina não muito mais tarde sentia que se podia destapar, sentindo-o por ela mesma.
Claro que também terá dado alívio esse destapar, à sua família e outros entes queridos, só que tinha de vir dela,

não é?
Ainda em sua adolescência, embora mais tarde, conseguindo sentir a alegria de não querer saber se olham ou não olham, se desejam ou não desejam, se é impactante ou não o é, que se não valorizarem a mente e alma, mesmo ultrapassando, e apesar de, seu corpo, então não merecem um segundo olhar no sentido que fosse.., é uma conquista que não se transmite em segunda mão. Pode-se educar para isso, mas não chega.
É algo que para ser real, tem de se sentir e atingir bem no amago da alma do Ser.
























Imagem:
são tantas as imagens semelhantes desta estatua, ao pôr do sol, que não sei como nomear o autor verdadeiro desta.
















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Sou ocidental, quando vi o reportar de mulheres tapadas de burkas

(não muito diferente dos Minonites e Amish, no ocidente, diga-se de passagem, que mesmo as crianças são tapadas até aos tornozelos e mãozinhas, ficando só um bocadinho das carinhas de fora, mas vêem-se os olhinhos (isso é verdade), ou frades, freiras - LINK todos tapados, os médicos e enfermeiros que já não são tapados como de outrora, mas... E o porquê das coisas?
Com outro tipo de motivação, uma criança ocidental que se tapa como no início refiro, e o porquê desses casos..?)

► e vi,
que a causa não era de usarem uma ''burqa'' que tapa, mas sim porque alguém diz algo sobre ela, que diz que se diz algo sobre ela, porque se vê os seus pés mexerem-se, porque se vê o contorno da orelha esquerda, porque se ouve a voz, et cetera..


Acho que a questão não é a de um sobretudo, mas sim, no caso dos Talibans,
seus pares análogos, quem aponta armas a uma mulher para que se dispa (se vista), para a punir e matar,  é o odio, é a intolerância, o odio
às mulheres.








Tuesday, 23 August 2016

Toots -

photo credits: still shot from 'Night of The Proms' video clip - LINK




















































Some people come into the world, Love incarnate. You can feel it, hear it, see it, sense it - with all your senses as it gurgles, trickles, or gushes out of them (and whom they are with).  They can't help it, it's just the way they are.



Those that fall into this category, that I'm lucky to have had shared my life with, and others - even when (perhaps even especially when) impatient, or in a bad mood for any reason, just take your heart because it's theirs to take.




There is so much soul in them, it oozes out of every pore and it seeps into you with no barrier; glues you to life even after they've gone.



This is a definition of LOve incarnate.














Toots was definitely that kind of person.



LINK














(condolences to his family and dearest friends)





Friday, 19 August 2016

Circles, Movement, Moment, The Olympics, The moon and The Marathon

A person rushes out at the end of the day and is still greeted with the most amazing blue canopy, so profound and deep in the centre, an intense almost turqoise hue where the sun just set and on the opposite side, as the light slowly drips away - and the spectrums remnant - final reddish edges delicately gives another intensity to the location - the backdrop where a fattened moon swells just above the horizon.., so mesmerizing with the marking of the grand-master upon its face, humming an intimate song as it meets you, delicately yet so very striking.
There's something about a fattened moon that fills the viewer's eyes, in such a way you can feel its touch, embracing you in the August warm breeze.

A person's soul even more open from having just tripped over the bubbling giggle of two toddlers in one of those ancient contraptions that resembles a car, that startles you with a sudden Beach Boys tune - Good Vibrations - (but with chipmunk voices in place of the original ones) bursting from it as you're paying a bill unaware of that tiny ''playground'' behind your back - caught off guard both you and the cashier -  both busting into sudden laughter from the contagion of the infants' ''alegria genial''.


I recalled as I gazed at the sky, heart still full of the babies' laughter from moments before, how yesterday evening the moon burst forth upon an astonishing sky. Unlike today that was completely cloudless, it seemed to foretell today's presentation. The heavens behind the fattened sphere was pure pink and a pair of small blue clouds, the only ones in sight, tagging along - at times draping portions of the large silver-like shining ball..

August has a special feel to it, as the days and nights are warm, the sea boasts sumptuous temperatures and colour, wave after wave.
At night in different spots the fragrances from the garden's lemon trees, flowering lemon verbena bush and other flowering plants, small patches of strawberries and grapes, herbs and other green beings seep into you, as they mix with the ocean breeze from down the road,  In the still of the night the cosmos reveals itself in cloudless transparency as it sets you into a different mode of time and space, venturing past shooting stars and other things that circle within layers of circles..

To live on the southernmost tips of what some consider an apparently older continent (Europe) gives one a special and profound special sense of ''The South''. You feel it deep inside you. It's as if the closer to the earth's centre belt the more you feel the ''South'' within, regardless it being more to the North or South of where you are (which seems ironic, doesn't it?)
 I suppose it has to do with, regardless being in one or the other hemisphere - the notion of ''down there'' is indifferent to the names we give such as ''South'' or ''North''.

It is with this in mind that I approach this article, meant for an event in the ''Southern'' Hemisphere. The fact of it being in the ''Western'' Hemisphere has a different bearing. One that perhaps has to do more with what many call a ''New'' continent (apparently ''new'') in relation to what above is called an ''apparently older continent''.  In that longitudinal hemisphere the notion of North and South still remains regardless of time passing.
West and East is more of a ''Time'' thing whereas South and North is spacial to us.
Time passes equally regardless being in the N or S hemispheres.
Our blue home spins like a top, there is no difference to whom is North or South, with what we perceive as the passing of time.

In navigation, nevertheless, we know that is is precisely the longitude that we speak of  when we mention ''minutes'' as we measure space and distance from anywhere (ironic as Space seems to give us the sense of North and South, not East or West that contrary to those immediately makes me (at least) think of Time.

North and South seems beyond Time, it is indifferent to Chronos. It is ''timeless''. It is apparently ''still'' - with a touch of an eternal feeling..
Perhaps for this reason one feels ''South'' or ''North'' as I mention before.
It is one thing to chase after or away from the sun that apparently goes round.

(who indeed truly notices, at least for the most part of the time, that is is we that are spinning. The sun has a different spin to it, unapparent to our short lived existences and view, as it too circles within its spinning galaxy that also travels.. (and here Space needs Time for any measure - at least to our cognition) -  There are so many things that seem ironic or poetic, fatalistic, or marvelous.

It's as if everything were a ''pescadinha de rabo na boca''. Infinity being two ''pescadinhas de rabo na boca'' facing each other and juxtaposed (one can extrapolate endlessly to so many things - positive & negative; opposing directions or movement; the blue and red blood vessels - for blood that comes or goes; Gravity & Movement


(movement through two types: 1. centripetal, centrifugal or electro-mangetic forces / or 2. gravity itself)
though one affects or can balance the other for instnce, one capable of creating curved motion as movement though in truth both can do this - one through such as that which is created by East-West movement upon a North-South Axis in terms of our planet - for instance, the other depending on the mass of and distance between things, both creating movement that pulls, one balancing the other and controlling that pull through centripetal or centrifugal movement, which in turn seems so key in making the earth itself seem as a big magnet with its 'magnetosphere', apparently caused by an inner centripital movement in its own core...
something so tied to that which can either attract or push away through magnetism but that becomes less relevant when the distance is greater, as opposed to gravity which apparently depends on two things - mass & distance between objects.
One of the things one does see in common to all is the circular nature of movement as cause or effect, whereas one of the types is more linear in nature - inward or outward - movement toward or away ||  In the realm of circular things and movements - both linearly effecting things and each other as circles are ''drawn'' and created in movement and form, as a vast sea of circular things intertwined by apparently invisible lines - forces that move one another and with one another linearly and in circles with measures of forces of apparent differing nature - where mass and distance gives birth to movement both circular and linear, as if everything could be simplified to a compass (of multitudinous capacities in Time and Space, where any point is pinned and with a string outer circumference is made - in a multitude of possible layers. planes, ''dimentionalities'' simultaneous or of apparent separate episode   through linear view   though connected   through circular forms within Time and Space and Motion, where things of mass and distance create or condition the movement of circle and line.  


Oh my goodness, where was I... as yes, the South.. The east-west movement must've made  a vector from some corialis effect (force?), due to all this centri - petal and fugal - movement (oh good grief!!)

where...?

aaaaaaaaaaaah, yes, the globe, the blue - dynamo - spinning marble that spins round other spinning things that.. (aw, not again...)



The globe, the South (the West), the movement... August.. ah yes, the Olympics.

That's it.
I'm back.. (I think)




Among some of the things that comes to mind is there being a ''Refugee Team''. This is a feat and one of great merit especially in a time when the world seems to be in extensive turmoil on a global level, with what seems to be an attempt to put a stranglehold on nations that recently founded that recent ''counterpoint'' (The New Development Bank)  to that nifty cute gang known to us as the IMF (namely the BRICs nations). 

World banks, international strife...? I may be wrong. What do I know anyway?

It's probably just coincidental the recent upheavals in Brazil, or troubles with nation leaders that have seemed to seek any of the BRICKs in anyway  (as I think of some of our European ''Eurozone'' layers), or nations and areas next to these founders of the NDB.


Oh well, let us set politics aside, let us concentrate on The Olympic Games (aw, come on, don't laugh.... I mean it. I really do)









This is one planet.
 (It is blue like our oceans and skies, oceans and cerulean firmament that is, and that are all interconnected)
We are one people.

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I suppose one of the things that strikes me the most (and so pleasing to see happen), concerning the Olympic Games, is that the use of symbols such as flags or even team ''shirts'' is not employed or viewed with the habitual ''anti'' this or that, but quite the contrary.  People celebrating and emotive in the best sense for others from their own or other nations, moreover the increased value in there being the maximal possible number of different lands partaking in the event - an event that doesn't define sports to one single kind of sport (so limiting and shallow to do so, as we know) makes it more striking.

I will contradict somewhat what I say above as I will dedicate this post to one of the things that most moves me in terms of the games (it always has) - The marathon - but this does by no means take away the brilliance or the significance of the other athletic feats in the other sports.



Along with the pentathlon, the discus throwing, boxing, wrestling, jumping, and equestrian competition, the foot face comes from the old games.
The marathon itself as we know was something else and outside the old games, but, as it's been brought back and made a part of the modern version, due to its nature, it seems to have crowned the whole event with a special significance.

It is the spirit of that significance, that although present in all types of sport, that something seems to be epitomized in the marathon run.

It touches me deeply.


So I leave here images of athletes, of that medium, that equally and profoundly move me.




Abebe Bequila 

(can't begin to say how the man moves me, although he is no longer with us) - twice Gold - in 60 and 64, along with his world titles, barefoot or with shoes always amazing as he'd finish the event with grace and unbelievable ease (crazy how he didn't even seem tired, so unbelievable and tremendous, so powerful, so elegant, and so very graceful - in so many ways) : photo credits - LINK














Terry Fox

(my goodness, what can I possibly say.., how can one define him. I'm still speachless
He still moves me to tears. I remeber too well his final run. Not only that      the aftermath is just so... I'm speachless) : photo credits - LINK










Carlos Lopes

Well, like with Terry Fox, it has nothing to do with having a soft spot for Portugal or Canada. His going beyond so many odds.., when age is aparently indifferent, and a nation's scarce population and capablility (or perhaps will) for funding things that are not ''football'' is astonishing.
He won the first gold medal ever for his nation. There have been more since then, and titles in different sports events (judo, canoeing, jumping, sprinting, et cetera..., (and of courtse, in long distance runs or marathons),   His olympic record stood for 20 years (untill 2008)
In a land that has pride in athletes (and rightfully so, I admit), among others: the most usually mentioned being Eusébio, Luis Figo and Cristiano Ronaldo, it was Carlos Lopes that gave the nation it's first ever ''Gold'' (not football - a marathon run).

 Gracious, with uncanny humbleness yet so poweful, soft spoken, inspirational..., so many reasons he'll always be an all-time champion.
(thankfully still gracing this earth, and hopefully so for many more years)
Photo credits - LINK 










and well, of course -  Rosa Mota (of course)

- obviously not because she is a woman, it is because she is definitely in this league   -   no ifs, ands, or buts about it.
She's absolutely amazing (by any standard)!


Like the great Mr. Bequila, among other things ending her runs with apparent ease, fresh as if she could run another one.
Goodness just look at her smile!!!

















(yes, I am tempted to post achievments of the current games in things that I love to see besides the marathon, but, as they have not finished, and when the Olympics are not going on   the mind (my mind) tends to first settle on the marathon in the first moments when contemplating the games, something that moves me as previously said even beyond the games, and perhaps a reason I mention the Refugee team (with the significance of ''the marathon runner'' in mind) , so I leave it at this 

- the above example of the marathon runner for all creeds  nations or moments in time   for that which is the common denominator in all   in all the sports events and types   in all the lands that have their champions  that in turn are all our champions)

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Ok - I'll post some more, because I do so immensly enjoy other events within the Olympics -
(since this video doesn't seem to load, I'll leave another link, forthwith - with the same segment)




- I leave this video clip
because it pleases me :)
(it's cute) -  and I have a soft spot for sails..


:)






(like many of us I love water events: swimming and diving  -  synchronized or not, canoeing, or involving sails.., gymnastics, sprinting, distance or relay running; team efforts such as volleyball.. basketball.. polo.. et cetera, all the jumping events - the athletes on their own. or with horses,  the 'deca- penta - tria'- thlon events, fencing, et cetera)


..... So much for the modern day Olympics.



As for the Old version of The Games,  this year it being held in Rio de Janeiro makes it so easy to post things with the other components of the original Olympics in mind:
Music,
Theatre Arts,
and Oratory (ie. philosphers, professors, great minds of math and/or the sciences, among others)



- with the host country in mind I leave some

music,
some ''poetics'' and theatre arts,
and of course with respect to philosophers/professors.. an inspirational mind (ok - let us start with this).  I can't decide between the two, that share the same last name though unrelated, so I'll leave both, for those that may be interested.







Paulo Freire




regarding - Roberto Freire:
  LINK






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(hard to choose with Hermeto, as it is hard to choose authors and/or performers from this land.
It could be him playing with others - in water, in the amazon, or his beard or a kettle..
 I'll just leave him on his own with a piano)



(and something by Egberto Gismonti, dedicated by the author to the man above, his mentor)



(and of course - a sample by the great Chico Buaque himself)



(the sound quality in the above video-clip is poor, but.. my goodness)





(and a little more of the 'so many', from a land so rich in music)










(i know he has a large bofy of work as an author and/or performer, and Brazilian but, i love this whole concert so very much, His rendition of ''Tonada de luna llena'' - a capella or from his 'Fina Stampa'' recordings is just so...., and others such as this sample therefrom is so sumptuous.

I leave it because among other things, his lovely smiling face was just as it is here, once when I was hanging upon a contraption years ago, in front of so many in an unbelievable density of a crowd in Lisbon, as I in a flash stretched to my limit - hitting a ''b'' natural, my goodness there he was, right there straight in front almost touching me - at the tip of my instrument, amazing smile that warmed me up all inside. - a beautiful and unforgetable moment)











____________ a land with so much music (and so hard to define or exemplify musically)















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And though it's hard to choose in terms of theatre arts, among the talented women and men, I simply leave António Abujamra - magnificently reciting Fernando Pessoa's ''Tabacaria''


(for anyone who would like to read the poem -  written out in an English translation
- LINK )







Why Pessoa? Well, aside from being a World poet who also wrote in other idioms other than the Portuguese language, his work has a multidute of depths..... and........

- and as is known, he was himself a large number of authors and ««pessoas»» (so to speak)
 (pessoa also meaning, as a word in Portuguese, ««person»») though he was but one man.



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 Goodnight ♥





























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Note: regarding the last video-clip in this post

(as far as I know, it was originally posted to youtube - here.  In case you should wish no background soundtrack, since in truth it is unnecessary though I like the way the one above does it, without going overboard.., other than the one I have placed, I leave the mentioned link)

Thursday, 18 August 2016

11th - International Jazz Fest on the Rhine (Jazz am Rhein 2016)

If you have the good fortune to be in the vicinity this upcoming Friday and Saturday (tomorrow Aug. 19th , and 20th), by all means don't miss this.


''trio'' - 2016 G. Almeida




Among some of the musicians you would catch are: Gregor Huebner, Arkady Shilkloper, the New Richie Beirach Trio (Richie Beirach, Regina Litvinova, Christian Scheuber) among other gifted musicians. The line-up is sumptuous and it will undoubtedly be a memorable event.






Map & event duration:









(a sample of some of the pieces in this amazing trio's repertory)





(a sample from a wonderful project, one of the Mr. Huebner's latest)








(aaaaaah, and Mr. Shilkloper)

















(a little something extra with some of the featured musicians)
































11th - International Jazz Fest on the Rhine - Event LINK





Tuesday, 16 August 2016

Bobby

Just a couple of days ago I was relistening to one of his sweet recordings, one with Sam Rivers on flute and sop. saxophone, as I sat under fragrant lemon trees on a warm summer night.
Sharing the stage, playing or writing for such a large family of gifted musicians thoughout the years..., gifted as he also was.
His leaving us was far from my mind.

I only saw him performing live once, and it was a magical moment.








(sad news)
A blessed soul.



Thank you Mr. Hutcherson.

Monday, 15 August 2016

Artigo de - Joseph Praetorius, publicado por ele a 1 de Agosto (Post language: PT)

imagem minha




Transcrevo o texto que para além de excelente, induz à reflexão:

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Influência Política da Colina Vaticana



(Joseph Praetorius)

A França de Bernanos e Claudel, de Gabriel Marcel, de Maritain, de Lubac e Chenu desapareceu. Era também a França de Villey e dos mestres de Paris II, em Direito. Era ainda a França do Cardeal Daniélou, um membro da Academia - de quem a sordidez lembra apenas que faleceu em casa de uma loira, intuindo-se que se fosse em casa de um loiro haveria menor problema - e era também a França - como esquecê-lo ? - de Teillard. E do Abbé Pierre, mais eficaz quanto ao fundamental do que qualquer organização socialista. Foi preciso que a voz dele o exigisse para terminarem os despejos no Inverno, como se fosse razoável que a propriedade de alguém pudesse valer a morte pelo frio de um indefeso.

Impressiona o vazio persistente - um legado do Papa Voitila - depois de tão espectacular reconciliação dos católicos com o pensamento filosófico e científico, que as acusações de modernismo haviam complicado em grau elevadíssimo até ao Vaticano II. Mas a este vazio sucede um outro. Inegável. A influência política da Colina Vaticana em França é completamente negligenciável. Residual. Desprezível.

Os sobressaltos do casamento homossexual fizeram regressar os católicos às ruas. Pelo protesto moral conservador. Os novos cínicos, como os romanos chamavam aos cristãos, deviam desconfiar sempre da moral conservadora, a meu modesto olhar. Podia ter havido posições inteligentes. Era preciso ter pensado no fenómeno (o que ninguém fez em tempo útil e em tal quadrante). Restou a coisa moral, parece. Mas a coisa moral não precisa do cristianismo para nada. Retire-se qualquer formalidade de presença católica e fica a coisa exactamente igual. Eles regressaram às ruas. Mas não à inteligência.E a influência política do clero em França continuará nula enquanto não ressurgir o pensamento capaz de dar mestres intelectuais às gerações a quem queira transmitir-se a respectiva herança. Não chegam comentadores.

Já em Portugal a situação é a inversa. A colina vaticana nunca aqui teve muita gente inteligente ao longo do séc. XX. Havia o Padre Manuel Antunes que como professor da Faculdade de Letras reunia auditórios apreciáveis de gente que, simplesmente, o queria ouvir e ia à Faculdade fazê-lo. (Um jesuíta, evidentemente). Havia um outro em Coimbra. E o famoso Bispo do Porto.

O resto parece-me caricatural (embora eu não seja um especialista, que não sou nem papista, nem papistólogo). Mas a vacuidade era e é tão grande que até Marcelo Rebelo de Sonsa veio armar em pároco, comentando os evangelhos do dia (um teólogo é outra coisa) e faz de beato apropriando-se de referências das escolas de oração da Ortodoxia (porque o oportunismo não tem limites) largando então aquela da oração "natural como respirar" . O Metropolita António Bloom e o Bispo Jean de Saint Dennis devem ter dado dois saltos. Relembro Mons. Kovalevsky quanto a esta exacta matéria - " tenho medo de falar com facilidade de coisas das quais não é fácil falar-se". O homem não faz, como é hábito, a menor ideia do que está a dizer.

As gentes da colina vaticana em Portugal são caricaturais. E caricatural é a sua influência social e política, assente em pequenas astúcias que vão da intriga ao folclore - compreendendo o folclore universitário - e às modinhas, compreendendo a modinha da católica, um antro de doentia conspiração contra os Direitos Fundamentais (a fábrica de Cavaco, mas também a de Pinto de Albuquerque, o juiz que quis condenar penalmente uma testemunha, em processo que não corria contra ela e escapou às consequências disciplinares - se bem percebi - sendo admitido como professor da católica).Em França, os da colina vaticana não acedem às condições mínimas da visibilidade respeitável; aqui, mantêm uma visibilidade sem respeitabilidade possível. Abram-lhes os processos (imprescritíveis) pelas práticas de pedoclastia e nada sobrará.
Portugal é uma terra completamente descristianizada, excepção feita a duas ou três estruturas protestantes de convicções sólidas e tradições respeitáveis, estruturas de entre as quais sublinho o COPIC com o qual a minha proximidade organizacional é nula, mas é credor da minha simpatia nos planos social e político... A Aliança Evangélica é, também ela, intensamente respeitável em muitas das suas organizações.
Nas organizações da colina vaticana neste território é que a respeitabilidade rareia. E aquela ostentação de túnicas de Malta e mantos do Santo Sepúlcro nas procissões das ruas da baixa de Lisboa (não têm dinheiro para as fardas, será?), traduz um folclore arcaico que poderia não ser políticamente inocente, se acaso o grotesco não o matasse à nascença.

E na selvajaria das legiões da Opus não há, politicamente falando, nada que mereça sequer o epíteto político de católico conservador. São apenas legiões de selvagens. Nem a aproximação lhes consinto.

No meio desta série de desgraças, a minha simpatia (política) por Francisco de Roma não podia ser maior. Liderar estruturas absolutamente embrutecidas, plausivelmente psicotizantes ou neurastenizantes, confiando que os jovens podem renovar tudo e tudo sarar, não é pequena coisa.Mas a minha simpatia por Francisco de Roma não me deixa esquecer a observação sábia de Jaspers: não pode chamar-se à posição de mestre aquele a quem cabe o intinerário de discípulo. Porque ninguém pode dar o que não tem.
Espero em todo o caso que consiga fazer alguma coisa com o estado em que lhe deixaram as estruturas organizacionais. Confio que nestas matérias não haja impossíveis. Aqui, por brilhante que possa ter sido o passado longínquo, o presente tem genericamente - haverá certamente gente estimável algures - o valor do lixo tóxico. Politicamente falando. Socialmente falando. Religiosamente falando. Humanamente falando.