Saturday, 8 November 2014

Some things are timeless (Há coisas que dão para qualquer altura, faça chuva ou não..)

There are things that live on throughout the ages, seldom enterprizes, logos or stocks & bonds, but Art and arstistic achievement (the kind that creeps into your soul and finds there its home, whether it be on an individual or a collective level).
Since the dawn of time tribes are overrun and dissappear, empires fall, we are physically born and die, but an artistic gesture (the kind that moves you whether it be: the Cave of Hands / Cova das Mãos / Cueva de las Manos - in Argentina, Os Cegos by Júlio Pomar, Rodin's hands.. or any other by any other) is eternal like few of Mankind's things are, a mirror to the individual's or collective's soul, in transformation and transforming us from within.

Having thus said, I leave you with a piece written and arranged by a friend, performed by a number of them, where one can feel such a gesture reflecting through an art form (whithin the stylistic currents of  jazz, european jazz in this case),
that besides bringing to heart & mind those very friends (and through that path to another so very, very precious to me eventhough not directly involved in this lovely project, and who like one of the soloists on this precise recording is no longer on this plane of existence),
- nourishes my inner being (and makes me more human).

Goodnight.


Se os Britânicos têm uma versão de Tomás num Kenny Wheeler, de um João Courinha, Jorge Reis (*ou Edgar...) num John Surman, ou do Carlos num John Taylor, é porque não só o Jazz ou a música chamada de "erudita" (neste caso, europeia) não está morta, como vibra bem viva acima das nações e do tempo, pois é de Arte que se trata e não um entretém de feira, que, até pode entreter mas que não deixa registo, na alma
Estive várias vezes para escrever sobre um querido amigo que em Outubro passado passou para outro(s) lado(s), o que é uma falha minha não o ter feito, grave, mas, como é alguém que, para além de muito querido, me leva invariavelmente (com memórias, gargalhadas e sons) para alguém que me dói não estar ao meu lado (ou melhor, connosco..), não tive forças nem palavras para o fazer.
Assim é mais fácil, com um belíssimo registo musical, vivo, intemporal, e que serve para dias de chuvas e não-chuvas.

Ei-lo, Raiz, de Tomás Pimentel 
(com um arranjo lindíssimo, e com um belo registo do Jorge)








Nota*(para não falar doutros,
que belíssimos músicos são,
alguns dos quais neste disco tocam,
também, mencionando os que
em termos de sonoridade e expressão,
e apenas aqui em termos Luso/Britâncos,
algo a ver uns com outros a meu ver..
embora naturalmente tenham todos a ver
com outros de outras parágens
e esses com eles)
 

















photograph - Guida Almeida