fotografia de - Guida Almeida |
... embora duvide conseguir fazê-lo, hei-de cá voltar para tentar pôr isto em Inglês..
(As soon as possible, I'll put this in English... I'll be back)
não me morras. nunca. não me deixes. nunca. nunca me devores esta transgressão de te ser a mais doce garra que te agarra a penumbra e te desfila até ao corredor da vida sem morte sem espinhos sem pálidos noivados distorcidos. não me clones outro sonho que este é mais forte que todos os abandonos. vive no fundo das lágrimas sem código de barras nem consumo fácil. sou o tempo oblíquo construtivo de uma teia sem estranhamentos nem compromissos inclinados. não me adoeças o lado mais avesso da realidade onde o destino parece tântrico e não passa de um manto. em círculo. em renda. sem fases de lua. sempre crescente. não me arranhes não me estranhes não me desalimentes esta fome de humanos e de plantas que como as rosas são asas e toalhas estendidas para te receber em linho em estanho em fulgor em crença. nunca te atrevas a morrer-me que me crivas de cristais criminosos e corrosivos. perfurantes e mendigos. sou a tua melhor célula o teu sangue o teu olhar o teu silêncio o teu apelo o meu peito no teu cravejado de montanhas. as mesmas que nunca ouvimos chorar mas que sabemos serem sete estátuas a moldarem-te o sobressalto. nunca me morras que eu tenho de ir à tua frente. amusgar-te o caminho.ser-te o ninho de todas as flores. coroa zodiacal em permanente guarda. casa. de diversos modos te fiz chave. aguardo.te com esta pele intocável. pulsão de todas as metamorfoses. lá fora o enigma é triangular. que importa. crucifico-me de rosas errantes. e deixo-te a última refeição de raios e de rumores alvos e nunca predadores.________________só as bestas morrem deitadas de lado.abocanhadas de lodo.mas tu és o prado. lázaro.
(em nome de todas as rosas te agradeço a rosa)
escrito por
Isabel Mendes Ferreira
fotografia de Guida Almeida
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