[ Special Note: please scroll down and place the players for the four parts of the broadcast on "pause", untill you wish to hear any of them - SEPARATELY. I'm sorry but I have not yet found a way for their not automatically "going off"..
On the other hand by discovering and leaving said quirk as is, it somewhat pleases my sences that on its being played as thus, what in truth I see as being a piece for
« four/part: podcast players emanating simultaneous 'subjective' materials »
- leave a *special mark* here in ciberspace. ]
[ Peço que por favor desçam nesta página até onde se encontram os leitores das quatro partes do programa -
Na Outra Margem, e os ponham em "pausa", até se desejar ouvir qualquer um deles. Eu peço perdão pela minha azelhice mas não encontrei, para já, forma de não se accionar o disparar em "automático" dos mesmos, o que não deixa de ser uma "composição musical" interessante :-), e, apesar de não ser esse o meu propósito ao colocá-las aqui, assim as deixo.. na esperança de, de alguma maneira, agradar com tal "obra" (para quatro leitores:vozes&sons "subjectivas")
- os "ouvidos" de quem se fala... ]
A música em lugares onde não estava, como não estava – em comunhão com o teatro, a dança, a poesia, a pintura, o cinema. Precursora em Portugal duma criação musical diferente e integrada com outras artes, autora duma linguagem poética em todos os géneros musicais que desenvolveu, marcou fortemente todos os que com ela trabalharam e conviveram - alunos, intérpretes, colegas nos agrupamentos ColecViva e Convivium Musicum. Nos 75 anos do seu nascimento e 20 depois da sua morte, Na Outra Margem evoca
Constança Capdeville, através da sua música e de uma conversa com dois compositores que foram seus alunos,
António de Sousa Dias e
António Chagas Rosa (de quem ouvimos, além dos testemunhos, fragmentos de duas obras que dedicaram a Capdeville). Na 3ª e 4ª partes, respectivamente, os depoimentos da pianista
Olga Prats, amiga pessoal e colaboradora de Capdeville (e cujos 60 anos de carreira são celebrados no próximo sábado, 5 de Maio, num concerto no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, no qual será interpretada uma peça da compositora), e da investigadora
Maria João Serrão, autora do livro
Constança Capdeville – Entre o Teatro e a Música (Ed. Colibri/CESEM).
Ouvir em
podcast: Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4
. . .
(part 1)
(part 2)
(part 3)
(part 4)
Sobre o programa Na Outra Margem, este é, e muito poucos mais são (pouquíssimos mesmo), uma das agulhas no gigantesco palheiro de esquecimento daquilo que somos, temos sido, e quiçá, seremos..
Como é sabido, tudo que nos rodeia tem sido, um constante "inexistir", devido à notória e continuada política que desvaloriza os nossos autores / executantes, e a nossa história desta arte musical (do passado ao presente). Nem posso dizer que é por maldade.. Só pode ser ou devido a uma profunda ignorância acoplada de muita falta de humildade, sem a necessária sabedoria para saber procurar o que é preciso para fazer programação e promoção dos nossos valores (actuais e/ou passados), ou alguma estranha tacanhez de espírito.
Já vi tanta gente; de estratos sociais, faixas etárias, e localidades tão dispares, com mágoa sincera ao verificarem (por um motivo ou outro) esta falta de interesse pela nossa história que naturalmente tal como ocorre com qualquer povo, está recheada de momentos e de pessoas dotadas de grande genialidade quer na execução quer na escrita.
Este "apagar" daquilo que somos, que nos é constantemente incutida, e não estranhada onde deveria ser o primeiro bastião de defesa dos nossos tesouros musicais, é boçal. E mais, tendo em conta que as "artes" dão sempre lucro
(lucros em vários sentidos, enclusive, o da economia..),
não se entende tal coisa, é um absurdo.
Para quê culpar as pessoas quando a maioria dos programadores assim como os responsáveis políticos da área, fazem o que fazem. Não se vislumbra em décadas um ano que seja onde sequer 1% do orçamento de estado fosse para a "Cultura". Os números são verificáveis, os nossos, assim como a diferença nos mesmos que tem havido ao longo de muito tempo em outros países da UE (países que sempre receberam muitíssimo mais de volta do que investiram em tal coisa) . Países onde creio não haver birras pessoais que boicotam este ou aquele autor de receber um galardão internacional, ou ser divulgada a obra dele(dela) fora do país..
(episódios tristes, que nada gosto recordar)