Ontem pela primeira vez vi ficar uma porta "entre-aberta". Por uma nesguinha senti que se via um possível caminho para uma solução; para aquilo que é, quanto a mim, a única forma que se possa combater o mal que nos fgazem por falsamente chamando de "democrático" o sistema que se usa para colocar este ou aquele no poder, e assim efectuar o que quem manda (ou quer mandar), deseja, e não quem elege necessariamente.
Sabemos que em nada importa quem é eleito, pois há sempre como se diz em inglês um «hidden agenda».. Não existe oposição. É falsa tal noção.
Todos sabemos que usam um palavreado melhor ou pior, uns ou outros -
(os senhores do PS/PSD e CDS-PP, os tais que nos têm sempre regido desde.., desde finais de 1975 e o golpe que foi dado ao "25 de Abril" no 25 de Novembro)
- que embora uns mais fáceis de manipular que outros (em trinta e muitos anos parece que salvo raríssimas e honrosas excepções, as posso contar com uma mão) todos os eleitos ou "elegíveis", estão lá para serem instrumentalizados; os actos não correspondem ao que se diz - são sempre, e vão sempre, pelo mesmo.
Nunca foi tão verdade isto, e de forma tão gritante que com o actual elenco que ocupa São Bento como governantes e a sua oposição. Esta época das ditas dividas soberanas que se iniciaram de forma tão "oportuna" no momento de estourar a Lehman, há alguns anos, e as tais dividas do "sector privado" formou o palco perfeito para a "fantochada".
Vejamos o que é um fantoche. É um boneco articulado por outrem. Não tem vontade, ou "vida própria".
Daí a metáfora, os fantoches falam e fazem o que mandam, muita, ou a maior parte dos média corporativos fazem o seu papel de forma obediente dando aquela sensação que nada de verdade se pode fazer para alterar as coisas, aldrabando, e passando a mensagem desejada, da forma desejada.
Os partidos e suas chefias actuais, que nos últimos tempos já nem eleitoralistas têm sido, são precisamente.. são exactamente isto. Neste momento vê-se plenamente esta realidade (como intelectualmente o mais provável é serem pobresinhos já nem esse mecanismo, o do "eleitoralismo" os impressiona, pois sabem que o "lobi" é o que faz ganhar.. )
Uma pessoa vem sentindo que de manifestação em manifestação tanto faz, nada muda.. estão-se nas tintas. É-se eleito, faz-se o que é mandado, obedece-se ao dono, e nem se liga ao que pode ser ou não a vontade/necessidade de suas pessoas, de seu povo, e nem importa..pois é pouco importante em épocas eleitorais. Quem manda (gente tais como o FMI com as suas Troikas) sabe isto muitíssimo bem e conta com isso. Nem é de esperar outra coisa, acho.
Pois é................
Mas ontem senti algo diferente; algo que nunca senti, nem desde a minha adolescência. Podem, embora seja por certo duro, serem os donos dos 'fantoches' contrariados, e as suas mãos atadas de forma real. Dá algum trabalho, não digo que não, e é preciso que tenha continuidade. Mas, também sabemos sabemos que tudo que merece a pena na vida assim o é.
Desta vez, no caso de Lisboa por exemplo, que é onde eu estive, via-se séria preocupação com o que o povo supostamente queria. Reforçaram a segurança na sede do FMI, para assim falar dum sítio.
Pelo o percurso sugerido, ou seja o que motivo foi, parece que entenderam, e facto era pois a reação esmagadoramente se dirigia, desta vez, a esse prédio onde eles estão (no 9º andar), na Av. da República, assim como se sentia a grande emoção frente frente ao Deutschebank, mais um ou outro símbolo de quem são os donos do actual executivo (assim como da sua suposta "oposição"). Desta vez a dimensão (a maior desde 1974) foi de tal ordem, pelo país inteiro, sabendo que coisa semelhante ocorreu no Porto, em Castelo Branco, em Faro, e em inúmeras cidades - que é ridículo tentar menorizar a ocorrência, mesmo que por meios e mecanismo da comunicação social que habitualmente são usados.
Coitados, uma coisa é se saber que se sabe que se mente, outra é dizê-lo a quem, e sobre quem, mentem. (peço perdão, sei que a frase anterior é de leitura estranha, mas não sei outra forma de expressar o que queria)
Se ao ver que para além da gigantesca representação popular manifestada ontem, Sábado, dia 15 de Setembro, não se consegue evitar que em qualquer dos dias de semana (um dia destes...) a "associação de bancos de Portugal", a sede do FMI, a bolsa ou o Banco de Portugal.. for tomado..
Como evitar fugir da legalidade? Como impor que se corra com o dinheiro que a Troika nos dá, e para mais nas condições que o dá.
Já nem falo da imoralidade em pagar contas que não fizemos e que contraídas foram à nossa revelia..
Enfim, se nos estivermos nas tintas para com quem é eleito e nos concentrarmos em quem manda neles, retirar-lhes os brinquedos.. talvés se chegue a algum lado, a ver vamos. Se de algum modo, não permitirmos nenhum "golpe de estado" mas obrigarmos os eleitos a regerem neste momento com o acesso às armas que os da 'alta finança' querem que se use para lhes ofertar o que cobiçam. Ou melhor, sei que isto soa de forma bem estranha, mas se for uma "revolução democrática", onde se obriga, dentro do possível, governantes a cumprir seus mandatos e no entanto retirar acesso ao que a população manifesta não querer permitir mais rapinar, o seu 'estado social', que nada tem servido para crescimento algum, e que só tem fomentado maior sofrimento e destruição do pais.........Assim como quem diz:
"Ai é? Então agora governa, e nem pensem em brincar às eleições, ou que se vá em 'ditadorzecos'. Têm de trabalhar, vocês, ou quem vem a seguir, se forem os vossos pseudo-opositor; mas ao não nos terem defendido de forma alguma, e estando para connosco em incumprimento.., retiramos a tal 'carta branca' que pensam ter, obrigando a que se aguentem à bronca, a governar por mandato democrático mas cumprindo o vosso dever e promessa para connosco. Não deixamos, nem que seja à força, mexerem mais no que os vossos donos querem mexer e destruir. Se os vossos donos perdem interesse em vós, por assim não ser lucrativo como dantes, e sentem que nem uma ditadurasita se consgeue implementar, melhor ainda..............se for incutido medo nesses senhores, de alguma mensagem subliminar que têm de ter cuidado, não vá a moda pegar na restante Europa, que o povo pega em quaisquer fantoches que nos querem colocar, no poder, e os obrigarmos a fazer como nós queremos... (correr com agiotas que imprestam dinheiro e obrigam através de coisas ilegais aos olhos do direito internacional, pois..... pois, obrigando ou fazendo aceitar emprestimo, coisa que mesmo que fosse dívida correctamente assumida, a quem têm cerca de 65% (se me lembro bem) ou mais probablidade de cair em incomprimento de pagamento.. é ilegitimo. Não é só quem deve que tem obrigações legais, o credor também os tem (acho que nem é preciso mencionar por quais motivos óbvios assim o é) Resta-nos o facto de........
Nenhum estado europeu assim estava ou tem estado, NENHUM!!
É pura agiotagem, como se sabe, e há que por termo a isso. (por ironia, vi em mapas da OCDE que em 2010 por exemplo estavamos acima desse valor, mas que tanto nós como a Espanha estava bem melhor para cumprir nesse aspecto que os restantes países.., tenho esses mapas aqui algures e irei os colocar online mal puder)
Pois é, temos de ser nós a fazer algo pela nossa democracia, e pelo que é nosso.
É mesmo isso que se quer, meus senhores, e tanto me faz que goste de vocês ou não, pois temos de vos 'educar' para a democracia. Coitados, vocês que actualmente estão na classe política não parecem sequer se atrever pensar em tal coisa. E, se obrigarmos o FMI a ter de acatar com o que os seus fantoches, eleitos seja como for, são autorizados a fazer por vontade imposta pelo povo, vão certamente vos largar a berguilha. Vão deixar de lhes interessar.. o encanto vai-se..
Então trabalhem, meus lindos. A "bem" sabemos que não o vão fazer, e sem vos deixar demitir, ou, caso se eleja outro grupo de fantoches, o mesmo se teria de aplicar a esses, para que assim a atracção de os manipular os cordelinhos diminue. Ou então mudem de livre vontade (coisa que não creio ser possível). Façam lá isso.. Vejam como as Troikas perderão o interesse em vós. "
Se obrigados forem a governar assim, sem os atributos que terceiros gostam ter livre acesso, e pôr em causa já, já agora, a dita Troika com seus dinheiros e suas combinações perfidas para connosco, uma de duas coisas, parece-me, ou ambas vão ocorrer:
1. melhoria significativa, de nível da classe política por deixar de haver "atributos" que interesse à alta finança.
2. Finalmente uma possível retoma da nossa economia, a custo bem sei, mas real, e de soberania.
Ia escrever muitas coisas, e de facto escrevi, mas perdi tudo devido a falta jeito manuseando o meu computador.. apenas afirmo que a dívida pública, pelo que sei, e se não me estiver a enganar, pouco mais de 40 por cento do total da nossa dívida externa era, antes da tal famosa "crise", por isso a questão da dívida pública me parecer desde alguns tempinhos um tremendo engodo.
[ LINK ]
E já agora pergunto, pois não entedo bem destas coisas: como se pretende fazer face à dívida, então, se o problema se diz ser de crescimento e produtividade, quando tudo que possa tal promover é destruido? Algo cheira demasiado mal e há demasiado tempo.
Para já, nada mais tenho a dizer, e só irei pôr isto na minha outra língua, a que habitualmente uso aqui com mais frequência, mais tarde.
Um bom Domingo a todos, desejo.
(e despeço-me, tenho uns caracóis lindos que me andam a atormentar, doucemente. não sei o que é mas de há uns tempos para cá andam meio traquinas mais que o costume comigo, que raio.., Já limpei os vidros, e andam irrequietos na mesma, que coise.. são o meu melhor amigo, são o meu ''ai jesus'', .. são tudo e mais alguma coisa, mas andam de tal maneira que.. aaaaaaaaaaaaiii,,)
(To my English readers - please forgive there not being for the moment a written translation of the above. I will nevertheless provide one as soon as possible. In the meantime I beg your indulgence - Have a nice day)